terça-feira, 14 de julho de 2009

Pedaços no chão!


No espaço onde eu habitava não me encontro mais.
no mesmo lugar está um velho par de sapatos;
roupas num canto, outras na parede penduradas.
na solidão conversam entre si em diálogos silenciosos;
perguntam por mim. Mas não estou.
há tempos não me vêm, há tempos não saem;
há tempos não me vestem; há tempos não me calçam os pés.
E não sabem onde estou.
É que sou feito do mesmo tecido que são feito os sonhos,
e como não mais tenho sonhos,
Tão pouco tenho vida; Tão pouco existo.
mas o que ainda há, são vestígios de mim.
Entre a poeira e o mofo, o silêncio e a solidão,
pedaços de mim no chão.

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