O medo bloqueou minha estrada
limitou meu espaço,
acorrentou minha alma,
travou meu passo.
O medo cercou minha trilha
enforcou-me num laço
calou minhas palavras,
me tornou seu escravo.
O medo matou dentro de mim
uma semente chamada liberdade
aquela que brota com o vento
e semeia a felicidade.
O medo confinou meu ser,
nas entranhas do destino,
num emaranhado
como de um arame farpado,
arruinado e desprovido.
O medo me condenou,
me batizou
com minhas lágrimas,
selou minha boca
cegou minha verdade,
esfacelou meu sonho
e amordaçou minha vaidade.
O medo amputou minha força
Esquartejou minha coragem
Esfaqueou meu peito...
Tornou-me um covarde.
O medo escureceu meu brilho
Apagou minhas estrelas
Secou meu riacho
Murchou minha flor
Tornou-me seu capacho.
O medo quebrou o cristal polido,
estilhaçou em mil pedaços minha face
de vidro, não sou mais eu ,
agora sou apenas...cacos perdidos.
sexta-feira, 27 de março de 2009
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Lindo!
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