Giro em minhas saias mais uma vez.
Novamente...
Paetês brilham,
Purpurina voa
pela passarela da dança.
Dessa vez minha dança é triste.
Danço a morte,
pois esqueci como louvar a vida.
O Tule preto rondando... Rodando...
O corpete apertado,
Tirando o ar,
Sufocando... Matando...
Aos poucos,
Profundamente doloroso.
E mais uma vez a voz ordena:
“Dança, anjo das trevas!"
E rodopio pelo palco
Teatro de palhaços,
Manipulados pelo demônio.
O corpo sem vida,
Dançando conforme a melodia.
"Dança mais, maldita"
Mais uma vez a voz grita
E como fantoche,
Brinquedo em suas mãos,
Giro... Rodopio... Danço...
E horas nesse martírio.
"Pare já não agüento mais..."
- imploro em lágrimas-
“Dance!"
diz sem nenhuma piedade
E essa tortura não tem fim,
Talvez tenha mesmo que ser assim.
Mas... Quem sabe...
Um dia...
Quando acabar toda essa agonia...
Sobrarão, ensangüentadas, as minhas sapatilhas...
sexta-feira, 27 de março de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário