Estátuas de mármore
Paredes riscadas
Vida selvagem
Um corpo sem alma
A rosa que nasce
Portanto semeia
Espinhos que ferem
Uma vida inteira
Um corpo ferido
Uma vida em risco
Teu vício esquecido
Em meio ao vão
A lágrima que cai
Não é verdadeira
Com a solidão
Sem compaixão
Com teu mundo perdido
As noites não tardam mais...
Tanto faz o dia
Teu verso é bom,
Mas não compensa minha alegria
Me sinta leve, leve
Dentro do teu corpo, alguém
Que na tua mão passava assim o tempo:
Instante de estrela, muro de fel
As chaves não cabem mais
Não há mais janelas
Eu já rasguei teu endereço
Eu não tenho pressa
Ele nunca mais quis me convencer
De que já não estava aqui
Enfim, você me escondeu
Que tudo era só compaixão
Sem paixão