terça-feira, 29 de setembro de 2009


Estátuas de mármore

Paredes riscadas

Vida selvagem

Um corpo sem alma

A rosa que nasce

Portanto semeia

Espinhos que ferem

Uma vida inteira

Um corpo ferido

Uma vida em risco

Teu vício esquecido

Em meio ao vão

A lágrima que cai

Não é verdadeira

Com a solidão

Sem compaixão

Com teu mundo perdido

As noites não tardam mais...

Tanto faz o dia

Teu verso é bom,

Mas não compensa minha alegria

Me sinta leve, leve

Dentro do teu corpo, alguém

Que na tua mão passava assim o tempo:

Instante de estrela, muro de fel

As chaves não cabem mais

Não há mais janelas

Eu já rasguei teu endereço

Eu não tenho pressa

Ele nunca mais quis me convencer

De que já não estava aqui

Enfim, você me escondeu

Que tudo era só compaixão

Sem paixão

domingo, 6 de setembro de 2009

Eu tenho que tentar...


O mundo não parece o mesmo

Apesar de saber que nada mudou

Tudo isso é apenas meu estado mental

Eu não posso deixar tudo isso para trás

Tenho que me levantar para estar mais forte

Tenho que tentar

Para me libertar dos pensamentos em minha mente

Usar o tempo que tenho, eu não posso dizer adeus

Tenho que fazê-lo corretamente

Tenho que lutar

Porque no fim isso valerá

Que a dor que eu sinto devagar desvaneça

Isso estará tudo bem

Eu sei que deveria perceber

O tempo é precioso, isto é o que vale

Apesar de como me sinto por dentro

Tenho que confiar que estará tudo bem

Tenho que me levantar para estar mais forte

Essa noite é tão longa

Não tenho força para continuar

Sem mais dor estou caindo

Através da névoa vejo o rosto

De um anjo, chama meu nome

Eu me lembro que você é a razão que eu tenho para ficar

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Eu sei...


Sei que vai seguir

Todos os meus passos

Por mais longe que eu estiver

Por onde eu for passar

E se decidir
Nunca mais voltar atrás

Mesmo se o desejo for mais forte que a razão

Pelo menos assim

Eu possa te encontrar

Ao em vez de fugir

E aceitar que nunca mais vai voltar

Quando o seu medo voltar

E se perguntar

Qual dos segredos contar

Se não há mais ninguém pra te ouvir

Sei que vai dizer

Aos seus falsos amigos

Tudo não passou de um erro

Desde que eu cheguei

E se conseguir

Mentir pra si mesmo

Mesmo com a saudade

Te matando a cada dia mais

Pelo menos assim

Eu possa te odiar

Ao invés de sentir

O que você insiste em recusar

E quando mais precisar...

E mais longe eu estiver

Quanto tempo for levar

Pra perceber que nunca vai voltar...